Reino do Sul

A separação das 12 tribos de Israel

Embora 1Reis comece relatando a sucessão de Salomão ao trono, seu pedido a Deus por sabedoria e a construção do templo, a situação logo se deteriora, sob diversos aspectos:

* Salomão impôs elevados, impostos.
* Usou trabalho escravo.
* Permitiu que suas varias esposas pagãs o envolvessem no culto a ídolos

Sua desobediência, espalhou as sementes do mal, que logo brotaram. A nação de Israel se dividiu. Os reis sucessores também desobedeceram aos decretos e à aliança de Deus, enfraquecendo ainda mais a influência divina sobre a cultura do povo e favorecendo a instabilidade e grandes dificuldades.

Os livros de reis foram originalmente escritos para os Judeus exilados na Babilônia, afim de que fosse preservado um relato detalhado da história de Israel e Judá — desde os dias do rei Davi (970 a.C.) até o exílio da Babilônia (586 a.C). Em 1Reis, temos a história do reino ainda unificado pelo rei Salomão (1.1 — 11.43) e os oitenta primeiros anos dos reinos divididos de Israel e Judá (12.1—22.53). Os leitores de 1 Reis foram especialmente confrontados com a apostasia do reino do norte e com a maneira em que Deus usou os profetas Elias e Eliseu na tentativa de resgatar a fidelidade do povo na aliança com ele.

Judá

O reino do sul de Judá, passou a existir depois que as dez tribos do norte romperam com a monarquia unida, por volta de 930 a.C. (1Reis 12.1-24). O reino remanescente constituídos das tribos de Judá e Benjamim, ficou com Jerusalém, a capital da monarquia unida, e fez dela sua capital.

Vinte reis governaram o reino do sul durante seus 345 anos de existência, todos da linhagem de Davi, com uma exceção — Atalia filha de Acabe, rei do reino do norte (2reis 8.18). Ela se casou com um membro da família real de Judá e se tornou rainha por seis anos, entre 841 e 835 a.C.

Daqueles vinte reis, sete estão documentados fora da bíblia. Além disso, foram descobertos selos e sinetes de 15 oficiais e sacerdotes judeus nomeados na bíblia.


No décimo quinto ano de Roboão, o primeiro rei do reino do sul após a divisão da terra, o faraó egípcio Sisaque fez guerra contra Judá, saqueando o templo e o palácio real(2Cr 12.1-9).

Nota cultural

Há uma inscrição numa parede do templo de Amom, em Tebas no Egito, com uma lista dos lugares conquistados por Sisaque. Roboão foi compelido a pagar um pesado tributo a Sisaque.


Enquanto o séc IX a.C. assistiu aos conflitos contra os pequenos reinos que faziam fronteira com Judá o panorama do séc VIII foi na maior parte pacífico — a era mais próspera da história de Judá. Estima-se que a população do reino do sul era de 120 mil à 150 mil habitantes, e a maioria do povo residia em Jerusalém e nos arredores. Tudo isso mudou, porém, com a chegada dos assírios durante o último quarto do século.

Em 701 a.C. Senaqueribe destruiu Judá ( 2Reis 18.13) e até a segunda metade do século seguinte, Judá foi dominada pelos Assírios.Mais tarde, o poder desse império começou a enfraquecer, e Josias (641-609 a.C.) pôde então se ocupar dos problemas internos e empreender um avivamento religioso ( 2Cr 34.3—35.19). Entre 609 e 605 a.C. o reino do sul esteve sob domínio do Egito ( 2Reis 23.31-35). Com a derrota do faraó Neco em Carquemis, por Nabucodonosor esmagou-se uma rebelião em Jerusalém em 597 a.C. e onze anos depois destruiu a cidade o que pôs fim ao reino do sul.

Bibliografia:

Bíblia de estudo arqueológica nvi