"Sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo". I Co 11.1

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Magias, milagres, medicina e Jesus


Lucas: 4. 38. Ora, levantando-se Jesus, saiu da sinagoga e entrou em casa de Simão; e estando a sogra de Simão enferma com muita febre, rogaram-lhe por ela. 39. E ele, inclinando-se para ela, repreendeu a febre, e esta a deixou. Imediatamente ela se levantou e os servia. 40. Ao pôr do sol, todos os que tinham enfermos de várias doenças lhos traziam; e ele punha as mãos sobre cada um deles e os curava. 41. Também de muitos saíam demônios, gritando e dizendo: Tu és o Filho de Deus.


Doenças e medicamentos no mundo antigo



Os médicos da antiguidade eram poucos em números, caros, limitados em conhecimento de tratamento efetivo e, embora instruídos para seu tempo, eram bastante ignorantes e supersticiosos. Templos dedicados a Asclépio o deus greco-romano da cura, foram encontrados por todo o mundo mediterrâneo. Esses templos se pareciam um pouco com os spas de hoje, e as terapias consistiam mais de descanso, massagens e dieta modificada.


A religião também desempenhava um papel fundamental. O método mais comum de cura era a “incubação” o doente dormia nas dependências do templo na esperança de receber um sonho ou revelação da parte de Asclépio. Os que eram curados traziam oferendas especiais ao templo, geralmente uma reprodução em gesso da parte do corpo que fora curada. As dádivas ficavam à mostra como testemunha do poder curativo daquele deus.


A magia do mundo greco-romano



Feitiços, encantamentos, amuletos, poções e até bonecos de vudu eram usados para buscar o favor dos poderes sobrenaturais.

Os limites da magia eram os fluídos:  algumas “poções mágicas” podem ter sido tentativas legítimas de farmacologia, enquanto certos “feitiços mágicos” tinham um forte componente de oração e adoração. Todavia, a ideia da magia como manipuladora dos seres sobrenaturais em benefício de alguém representa perfeitamente essa espiritualidade subversiva.


Várias substâncias, desde as mechas do cabelo de um amante desejado até excremento de babuínos ou ratos de campos secos, eram empregadas nos feitiços. Esses elementos, combinados com as práticas rituais “corretas” e com as palavras mágicas adequadas, supostamente garantiam a submissão da divindade, que devia completar a tarefa. As palavras podiam ser sílabas sem sentidos ou nome secreto dos deuses. Não era incomum que tais feitiços terminassem com uma ordem abrupta como:  “rápido! Rápido! Faça isso! Faça isso!”. Embora os praticantes geralmente apelavam a espíritos maus do mundo inferior para fazer sua moradia, é provável que qualquer divindade pudesse ser invocada. Alguns mágicos tentaram até mesmo manipular o Deus de Israel. Na verdade, ele é invocado com frequência nos papiros mágicos, geralmente sob o nome de Lao, possível pronúncia do nome Yahweh pelos cristãos do primeiro séc.



Milagreiros profissionais e mágicos no séc I d.C



Alguns historiadores argumentam que Jesus era apenas um dos muitos milagreiros em atividade no séc I d.C.

O próprio Jesus admitiu que havia exorcistas judeus eficazes, e temos relatórios de rabinos que realizavam milagres, mas a evidência de milagreiros do nível de Jesus não havia.

Existiam mágicos dentro e fora do judaísmo do séc I d.C. Os arqueólogos descobriram numerosos papiros e amuletos com fórmulas mágicas para conquistar o amor de um homem ou de uma mulher, para vingar-se dos inimigos ou mesmo para ganhar nas corrida de cavalo. Geralmente, os mágicos usavam objetos naturais no curso da execução de seus atos de magia.


Jesus o médico dos médicos



Foi num mundo como esse que Jesus desenvolveu seu ministério de curas. Ao contrário de muitos médicos, que mantinham vínculos com os templos, Jesus curou sem cobrar e sem fazer alarde. Ele também não seguia um ritual que se pudesse apontar como chave para obter algum poder mágico de cura. As vezes, ele tocava a pessoa; em outras ocasiões, aplicava um emplastro de lama nos olhos de um cego (Jo 9.6) ou simplesmente dava uma ordem (Mt 8.13). Em resumo, as curas de Jesus evidenciavam o poder de Deus, que residia nele. Elas não incentivavam o povo a procurar rituais de cura, mas eram parte da proclamação do reino. As curas físicas apontavam sempre para a restauração da criação de Deus.



Alguns críticos acreditavam que a saliva e a lama usados por Jesus em algumas de suas curas (Jo 9), são evidências de rituais mágicos. Essa conjectura porém interpreta de modo incorreto o que Jesus estava fazendo. Por exemplo, o uso de lama, em João 9, tinha a intenção de recordar a criação divina do gênero humano, feita do pó da terra: Jesus estava recriando simbolicamente os olhos do homem.

Em termos de números e magnitude de seus milagres, Jesus de modo inegável, foi único no mundo antigo.

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