"Sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo". I Co 11.1

quarta-feira, 13 de julho de 2016

As 7 igrejas (parte II)


Sardes (apocalipse 3.1—6)

A igreja que tinha adormecido 




Ao anjo da igreja em Sardes, escreva: “Estas são as palavras daquele que tem os sete espíritos de Deus e as sete estrelas. Conheço as suas obras; você tem fama de estar vivo, mas está morto.
Apocalipse 3:1 NVI


Sardes ( atual Sart), capital do antigo reino da Lidia, era uma cidade de grandes riquezas e de fama. Sardes era caracterizada por um paganismo sofisticado. O fato da perseguição não ser mencionada provavelmente refere-se a condição segura da comunidade Judaica. Os seguidores de Jesus coexistiam pacificamente com a comunidade da sinagoga e com a elite governante da cidade. Desacostumados com a oposição, eles se acomodaram em sua relação com o mundo. Seu estado espiritual (indiferença) impedia-os de perceber que o poder da ressurreição de Jesus estava a disposição deles.


Séc XXI: Hoje não é diferente, a igreja de Sardes se identifica com muitos cristãos, é como aquele ditado antigo “por fora bela viola, por dentro pão bolorento”, aparentando algo que não somos para que os irmãos vejam, para que o pastor e sua família veja, mas para Deus que é o mais importante estamos distantes, vamos a igreja em vão porque quando saímos somos outra pessoa, na frente dos amigos ninguém nem imagina que somos crentes, na faculdade então se descobrirem que somos crentes até se assustam. Temos que mudar esse comportamento, deixar a opinião das pessoas de lado e focar no que mais importa: nosso relacionamento com Deus e como nosso coração deve estar perante ele.


Filadélfia (ap.3. 7—13)

A igreja que tinha sofrido pacientemente 



Venho em breve! Retenha o que você tem, para que ninguém tome a sua coroa.
Apocalipse 3:11 NVI

A cidade Lidia de Filadélfia (atual Alashehir) foi fundada por Átalo II Filadelfo (159-138 a.C.) conhecido por sua devoção ao seu irmão Eumenes. Seu nome, que significa ”amor fraternal”, foi perpetuado na cidade. Filadélfia era de grande importância comercial: sua localização, fazia dela a porta de entrada do elevado planalto central da província romana da Ásia, na Ásia menor. O distrito é desastrosamente sísmico, e o grande terremoto de 17 d.C. destruiu a cidade completamente. Localizada diretamente em cima da falha, Filadélfia sacudiu durante 20 anos por abalos recorrentes depois da calamidade.

Segundo o historiador bíblico William Ramsay, daí se extraíram as as imagens do versículo 12. O novo nome nesse versículo é sem dúvida uma referência à proposta de trocar o nome da cidade para Neocesareia em gratidão a atitude generosa de Tibério no terremoto.

Os cristãos da igreja de Filadélfia assemelhavam-se aos cristãos judeus a quem João escreveu seu evangelho. Provavelmente, muitos haviam sido expulsos de suas sinagogas. O testemunho cristão, apesar da invasão e da pressão muçulmanas, se manteve em Filadélfia desde a era medieval até os tempos atuais


Séc XXI : Na carta a igreja de Filadélfia, Jesus fala que, porquanto eles guardaram a sua palavra ele também os guardará do sofrimento que há de vir sobre o mundo. Que possamos guardar com perseverança a palavra de Cristo, sem se desviar do caminho mantendo o foco, para que sejamos salvos no dia do juízo.


Laodicéia (AP 3.14—22)

A igreja com a fé morna



Apocalipse: 3. 16. Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca.


A cidade de Laodicéia, que fica perto da atual Denizli, foi fundada por Antíoco II (261-246 a.C.). Nos tempos romanos, era a cidade mais rica da Frígia e a principal do “circuito” das “sete igrejas na província da Ásia”. Estava situada numa das mais importantes rotas comercias, o que assegurava sua prosperidade comercial. Laodicéia era um centro bancário importante, e sem dúvida foram esses ricos estabelecimentos bancários que, em 60 d.C., financiaram a reconstrução da cidade após o grande terremoto que a destruirá.

O vale do Lico produzia uma lã negra brilhante, fonte de mantos e tapetes negros pelos quais a cidade era conhecida. Laodicéia foi também o lar da escola de medicina e de manufatura de colírio. A insolência representada por essas imagens na carta apocalíptica baseava-se, obviamente, nessas atividades. Também há uma referência a água morna e carregada de bicarbonato de sódio que vinha de Hierápolis, cuja as fontes termais fluíam em direção ao rio Maeander.

William Ramsay acredita que a posição da cidade e a riqueza fácil, levaram a comunidade a desenvolver um espírito de tolerância e conformismo e uma mentalidade mundana condenada em apocalipse.



Apocalipse: 3. 20. Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele, e ele comigo.


Séc XXI : Jesus não estava rejeitando esses cristãos, ele queria na verdade, cear com eles — imagem associada a intimidade no mundo antigo. Durante os anos de seu ministério, convidar Jesus para uma refeição era um gesto de hospitalidade comum, mesmo da parte de um conhecido. Das 7 igrejas que vimos até agora Laodicéia foi a que ouviu as palavras mais fortes de Cristo, tudo isso porque eles eram mornos.


Mas o que a expressão Mornos significa nesse contexto?


O morno significa aquela pessoa que já conhece a Jesus e a seus caminhos e fica em cima do muro,

O quente é aquela pessoa que aguarda a vida eterna fazendo as coisas de bom grado com fé e esperança em Cristo, sempre trabalhando em sua obra e seguindo as escrituras,

O frio é uma pessoa que não conhece a Deus verdadeiramente (“que está no mundo”), também não é uma coisa boa porém não tem tanta culpa como quem já conhece e fica ali em cima do muro.

Os mornos serão vomitados (uma expressão fortíssima, para mostrar a indignação do Senhor Jesus Cristo, com quem conhece a verdade e a despreza). Não seja morno, tome um partido hoje, as opções são simples: Cristo ou o mundo,


Mateus: 6. 24. Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e a Mamom.


Obs: Mamon é um termo, derivado da Bíblia, usado para descrever riqueza material ou cobiça, na maioria das vezes, mas nem sempre, personificado como uma divindade. A própria palavra é uma transliteração da palavra hebraica "Mamom" (מָמוֹן), que significa literalmente "dinheiro".



NOTA CULTURAL


Esforços têm sido feitos para amarrar as informações contidas nas sete mensagens ao ambiente histórico de cada cidade. Na maior parte, a linguagem de João é genérica (e carregada com imagens do Antigo testamento) para permitir uma identificação exata, mas a arqueologia e a história podem lançar luz sobre algumas questões:

✴ A referencia à "sinagoga de Satanás" (2.9; 3.9) não é um ataque geral contra o judaísmo, e sim, uma referência aos judeus que denunciavam os cristãos ao governo romano, por isso os denunciantes não eram "verdadeiros judeus". Uma vez que os judeus eram isentos de participar do culto imperial (adoração ao imperador), isso abria a possibilidade de os cristãos serem perseguidos por suas não participação. João afirma que, apesar de os fiéis serem renegados pela sinagóga "oficial", Deus os reconhecia como povo.

✴ O "trono" de satanás em Pérgamo (2.13) provavelmente é uma referência a posição da cidade como centro do culto imperial (alguns sugerem que o centro imperial seria parecido com um trono).

✴ Filadélfia sofreu um grande terremoto em 17 d.C. os danos foram tão graves que o povo teve de se transferir para os arredores da cidade por vários anos. A promessa aos filadelfenses: “farei do vencedor uma coluna no santuário do meu Deus, e dali ele jamais sairá” (3.12). Teria significado óbvio à luz desse contexto.


✴ Em 3.16 a igreja de Laodicéia é denunciada por ser “morna”— nem quente nem fria. Havia fontes termais bem conhecidas em Hierápolis, a apenas 9,7 quilômetros de Laodicéia, e um bom suprimento de água fria e corrente nas proximidades de Colosso. O suprimento de água potável de Laodicéia, entretanto, parece que era morno e escasso — um símbolo poderoso da ineficiência eclesiástica daquela nação.

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