"Sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo". I Co 11.1

quarta-feira, 8 de março de 2017

Jejum

Mateus: 6. 16. Quando jejuardes, não mostreis um rosto triste como os hipócritas; porque eles desfiguram os seus rostos, a fim de parecer aos homens que jejuam. Em verdade vos digo: Eles têm sua recompensa. 17. Tu, porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, 18. a fim de não parecer aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará abertamente.




Sempre ouço pessoas falando que eu devo jejuar e orar para ter uma verdadeira intimidade com Deus. Mas o que seria jejum? Já vi pessoas fazendo jejum de refrigerante, de chocolate, de redes sociais e aquele que você fica um “tempão” sem comer, mas como fazer um jejum “correto” para Deus?

Sempre que eu fazia a leitura do velho testamento, achava estranho um costume que eles tinham na época, de que quando acontecia algo ruim eles rasgavam as vestes e se cobriam com cinzas e sacos (?) Então pesquisei sobre isso e trouxe essa curiosidade para vocês. Veja a seguir alguns costumes judaicos e como podemos fazer o jejum hoje em dia.


Salmos: 30. 8. A ti, Senhor, clamei, e ao Senhor supliquei:
10. Ouve, Senhor, e tem compaixão de mim! Ó Senhor, sê o meu ajudador!

12. para que a minha alma te cante louvores, e não se cale. Senhor, Deus meu, eu te louvarei para sempre.




Nota cultural



Panos de saco e cinzas: rituais de lamentação



A aflição profunda era expressa de modo comovente no mundo antigo por meio de rituais de lamentação. Ao receber a notícia de uma calamidade, o aflito rasgava as próprias roupas e se cobria com vestes de luto (Gn 37.34). Essa cobertura rústica, semelhante ao pano de saco e feitas de pelô de cabrito era geralmente negra (Is 50.3; Ap 6.12) e podia ser tão curta quanto uma tanga ou longa o suficiente para cobrir todo o corpo. O sofredor prostrava-se ao chão (Jr 6.26), lançava cinza sobre a cabeça (Lm 2.10) e sentava-se no pó (Jó 2.8).

O ato violento de rasgar as vestes indicava que a pessoa estava sob profunda agonia e comunicava a perda pessoal ou a ruína que experimentava (Jó 1. 20,21). O costume de definhar no pó e nas cinzas apontava para a fragilidade da vida humana e para o implacável fim de toda a vida — o retorno ao pó (Gn 3.19; Sl 103.14). Atitudes que de outra forma seriam consideradas indignas dá pessoa, como rapar a cabeça e arrancar a barba (2 Sm 10. 4,5), tornaram-no expressões apropriadas de tristeza (Ed 9.13; Is 22.12). Os lamentadores tiravam os calçados e enfeites e evitavam usar perfume (2 Sm 14.2). Para os funerais compunham-se os lamentos que eram cantados nessa ocasião, e os lamentadores profissionais juntavam-se aos membros da família que expressavam sua dor (Jr 9.17,20). O período de luto geralmente durava sete dias (Gn 50.10).

Os rituais de lamentação também podiam ser decretados em Israel nos tempos de crise nacional ou de arrependimento coletivo ( 2Rs 19.1). Nessas ocasiões os reis e seus servos se humilhavam da mesma forma diante do Senhor, numa postura de humilhação acompanhada de jejum, panos de saco e cinzas com o propósito de demonstrar arrependimento e procurar o favor divino (Dn 9.3). O livro de Lamentações é um texto de lamentação ritual cujo tema é a queda de Jerusalém.

Assim como a angústia e o desespero produziam essas vividas expressões, pelo  uso de panos de saco e cinzas, o inverso dá tristeza também era vividamente retratado com uma alegre celebração na qual o felizardo usava roupas festivas de salvação e mantos de justiça (Is 61.10).

O ministério do Messias consistia em “consolar todos os que andam tristes, e dar a todos os que choram em Sião uma bela coroa em vez de cinzas, o óleo da alegria em vez de pranto e um manto de louvor em vez de Espírito deprimido (Is 61.2b,3 ; Lc 4.18, 19).


O Jejum na bíblia e no antigo oriente médio



Enquanto o dia da expiação era a única ocasião em que o jejum era exigido no Antigo testamento, havia no restante do ano ocasiões para o jejum voluntário. Em vez de evitar certos alimentos, o jejum normalmente envolvia a abstinência de toda a comida por um período de tempo pré determinado. Era sempre acompanhado de oração e usado para expressar aflição, penitência ou devoção humilde a Deus.

A duração do jejum ia desde algumas horas até longos 40 dias. Depois do exílio foram instituídos pelo menos quatro período de jejuns coletivos (Zc 8,19). Por exemplo uma tradição de jejum iniciou no nono dia de AV (quinto mês que equivale a julho e agosto). Esse jejum tinha como propósito lembrar a destruição do templo de Jerusalém e se tornou costume ler o livro de Lamentações nesse dia.


Jejum no novo testamento



O jejum era uma prática bem comum no período do NT. Os fariseus jejuavam duas vezes por semana nas segundas e nas quintas-feiras (Lc 18.12). Jesus, os discípulos de João Batista e Paulo também faziam jejuns substâncias. Mateus 6.16-18, indica que o jejum se manteve como uma forma legítima de adoração para os cristãos.

Jesus nos lembra que o verdadeiro Jejum é aquele dirigido a Deus, não o que é praticado para impressionar os outros. Jesus proclamava que o jejum verdadeiro é um sinal de um coração dedicado a Deus.



Séc XXI



Como foi dito por Jesus, o verdadeiro jejum é aquele em que hà demonstração de um coração quebrantado, que quer agradar a Deus. É um sacrifício que você faz mostrando ao Pai que o ama mais que tudo! Do que bens materiais, do que a tecnologia ou do que sua própria comida. Ele se torna o seu alimento, seu ar , seu respirar, seu tudo.Não adianta você fazer jejum de algo que você consegue ficar sem ele “de boas” tem que ser algo que vai fazer falta, uma espécie de “sacrifício” para mostrar como Deus é o mais importante é prioridade para nós. A nossa alma e o nosso espírito são fortalecidos pelo Espírito Santo através do jejum e da oração, pois acabamos nos desapegando das coisas da carne.

Lucas: 5. 35. Dias virão, porém, em que lhes será tirado o noivo; naqueles dias, sim hão de jejuar. 

Então, seja jejum de chocolate, jejum de redes sociais, jejum de abstinência de comida ou qualquer outro tipo de jejum faça de coração e você será fortalecido em espírito. Enquanto o noivo que é Cristo não vem, é necessário essa busca espiritual para que haja o fortalecimento dá nossa fé.


Romanos: 8. 5. Pois os que são segundo a carne pensam nas coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, nas coisas do Espírito. 6. Porquanto a mente carnal é morte; mas a mente espiritual é vida e paz. 7. Porque a mente carnal é inimizade contra Deus, pois não está sujeita à lei de Deus, nem mesmo pode estar. 8. Pois os que estão na carne não podem agradar a Deus. 9. Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele. 10. E, se Cristo está em vós, o corpo está morto por causa do pecado, mas o Espírito é vida por causa da justiça.

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