Atos dos Apóstolos: 12. 1. Por aquele mesmo tempo o rei Herodes estendeu as mãos sobre alguns da igreja, para os maltratar; 2. e matou à espada Tiago, irmão de João. 3. Vendo que isso agradava aos judeus, continuou, mandando prender também a Pedro.
A perseguição foi um dos fatos da vida dos primeiros cristãos. O livro de Atos registra os martírios de Estevão (At 7) e de Tiago, irmão de João (At 12.2) e a ação de Saulo/Paulo, que, antes da sua conversão “respirava ameaças de morte” contra a igreja (At 9.1). Fora da terra santa, a oposição dos judeus da sinagoga quanto ao cristianismo juntava-se ao crescente incômodo entre os não judeus, porque o sólido monoteísmo dos antigos cristãos ofendia muitos pagãos, que costumavam adotar diferentes deuses de todos os lugares do mundo. Quando o meio de vida dos praticantes do paganismo era desafiado pelo testemunho do evangelho, a perseguição era a consequência (At 19). Os primeiros cristãos foram perseguidos pelos judeus por afirmarem que Jesus de Nazaré era o Messias e por alguns judeus cristãos por aceitarem os convertidos gentios sem a exigência de que se tornassem prosélitos (convertidos) do judaísmo e eram criticados pelos gentios por causa do seu monoteísmo (os gentios haviam aceitado o judaísmo como religião legítima, se não peculiar, por isso não se engajavam oficialmente na perseguição aos judeus).
A confissão básica do cristianismo — “Jesus é o Senhor” — era um problema no império romano, pois a informação da soberania de Jesus correspondia a uma contestação direta ao poder absoluto do imperador. Quando o imperador ou seus representantes convocavam o povo para honrar o imperador como uma divindade, os cristãos não podiam atender a esse apelo em sã consciência.
Portanto, era inevitável que a lealdade dos cristãos a Jesus representasse um problema para as autoridades romanas, e a situação por fim irrompeu no reinado do imperador Nero, em 64 d.C
Nero procurava um bode expiatório para o incêndio que destruiu parte da cidade, e assim pôs a culpa nos cristãos.
O historiador romano Tácito — relata que muitos cristãos foram presos e mortos. Alguns eram vestidos com peles de animais e rasgados por cães, enquanto outros eram crucificados ou usados como tochas para iluminar as ruas. As ações eram tão cruéis que até as pessoas hostis ao cristianismo criticavam Nero.
Depois de Nero a perseguição a igreja parece ter se tornado mais esporádica. O imperador Domiciano é acusado de amplos ataques contra a igreja, mas a evidência de uma perseguição em larga escala durante o seu reinado não é substancial (essas perseguições sistemáticas, entretanto, realmente ocorreram nos séculos subsequentes, até a época de Constantino).
Apesar disso pelo menos um martírio é relatado no livro de apocalipse (o de Antipas, em Ap 2.3), com a forte implicação de que outras mortes estavam por vir. Algumas décadas após a redação de Apocalipse, o governador romano Plínio escreveu ao imperador Trajano a fim de solicitar instruções sobre os parâmetros para punir os cristãos confessos. Embora a resposta de Trajano se concentrasse em questões de procedimento e não especificasse o grau da punição, é inegável que o cristianismo era considerado uma grande ameaça a ordem social do império romano no séc II.
Sem dúvida, os primeiros cristãos tiveram problemas por confessar sua fé também na sua vida cotidiana. Na província da Ásia, por exemplo, as companhias de comércio sempre adotavam um deus pagão como patrono. As reuniões administrativas, portanto, envolviam a adoração a essa divindade, e os cristãos que se recusaram a participar podiam ter o seu meio de subsistência comprometido.
Zombaria por parte dos vizinhos, tensões familiares e preocupação com o assédio do governo sem dúvida contribuíram para o medo de maus tratos e coisa pior entre os primeiros cristãos.
A perseguição foi um dos fatos da vida dos primeiros cristãos. O livro de Atos registra os martírios de Estevão (At 7) e de Tiago, irmão de João (At 12.2) e a ação de Saulo/Paulo, que, antes da sua conversão “respirava ameaças de morte” contra a igreja (At 9.1). Fora da terra santa, a oposição dos judeus da sinagoga quanto ao cristianismo juntava-se ao crescente incômodo entre os não judeus, porque o sólido monoteísmo dos antigos cristãos ofendia muitos pagãos, que costumavam adotar diferentes deuses de todos os lugares do mundo. Quando o meio de vida dos praticantes do paganismo era desafiado pelo testemunho do evangelho, a perseguição era a consequência (At 19). Os primeiros cristãos foram perseguidos pelos judeus por afirmarem que Jesus de Nazaré era o Messias e por alguns judeus cristãos por aceitarem os convertidos gentios sem a exigência de que se tornassem prosélitos (convertidos) do judaísmo e eram criticados pelos gentios por causa do seu monoteísmo (os gentios haviam aceitado o judaísmo como religião legítima, se não peculiar, por isso não se engajavam oficialmente na perseguição aos judeus).
A confissão básica do cristianismo — “Jesus é o Senhor” — era um problema no império romano, pois a informação da soberania de Jesus correspondia a uma contestação direta ao poder absoluto do imperador. Quando o imperador ou seus representantes convocavam o povo para honrar o imperador como uma divindade, os cristãos não podiam atender a esse apelo em sã consciência.
Portanto, era inevitável que a lealdade dos cristãos a Jesus representasse um problema para as autoridades romanas, e a situação por fim irrompeu no reinado do imperador Nero, em 64 d.C
Nero procurava um bode expiatório para o incêndio que destruiu parte da cidade, e assim pôs a culpa nos cristãos.
O historiador romano Tácito — relata que muitos cristãos foram presos e mortos. Alguns eram vestidos com peles de animais e rasgados por cães, enquanto outros eram crucificados ou usados como tochas para iluminar as ruas. As ações eram tão cruéis que até as pessoas hostis ao cristianismo criticavam Nero.
Depois de Nero a perseguição a igreja parece ter se tornado mais esporádica. O imperador Domiciano é acusado de amplos ataques contra a igreja, mas a evidência de uma perseguição em larga escala durante o seu reinado não é substancial (essas perseguições sistemáticas, entretanto, realmente ocorreram nos séculos subsequentes, até a época de Constantino).
Apesar disso pelo menos um martírio é relatado no livro de apocalipse (o de Antipas, em Ap 2.3), com a forte implicação de que outras mortes estavam por vir. Algumas décadas após a redação de Apocalipse, o governador romano Plínio escreveu ao imperador Trajano a fim de solicitar instruções sobre os parâmetros para punir os cristãos confessos. Embora a resposta de Trajano se concentrasse em questões de procedimento e não especificasse o grau da punição, é inegável que o cristianismo era considerado uma grande ameaça a ordem social do império romano no séc II.
Sem dúvida, os primeiros cristãos tiveram problemas por confessar sua fé também na sua vida cotidiana. Na província da Ásia, por exemplo, as companhias de comércio sempre adotavam um deus pagão como patrono. As reuniões administrativas, portanto, envolviam a adoração a essa divindade, e os cristãos que se recusaram a participar podiam ter o seu meio de subsistência comprometido.
Zombaria por parte dos vizinhos, tensões familiares e preocupação com o assédio do governo sem dúvida contribuíram para o medo de maus tratos e coisa pior entre os primeiros cristãos.
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