"Sejam meus imitadores, como eu sou de Cristo". I Co 11.1

sexta-feira, 26 de maio de 2017

A arca da aliança

A palavra hebraica utilizada para arca neste contexto foi (‘ärôn), substantivo comum que significa: uma caixa, um cofre ou uma arca.

É a mesma palavra usada para o caixão (sarcófago da múmia) de José (Gn 50.26). A arca da aliança foi feita de madeira de Acácia, que é mais escura e mais dura do que o Carvalho e não corre risco de ser comida pelos insetos. Esse tipo de madeira é bastante comum no clima semiárido da península do Sinai.



A arca, uma caixa feita de madeira de acácia, revestida de ouro por dentro e por fora, tinha cerca de um metro e dez centímetros de comprimento por 70 centímetros de largura e 70 centímetros de altura. Um molde de ouro adornava sua tampa. Em cada uma das extremidades de sua tampa se elevaram dois querubins feitos de ouro batido. Essas figuras ficavam de frente umas para as outras, suas asas se estendiam como proteção para a arca, como uma espécie de Pálio. A arca representava os estrados dos pés de Deus (1Cr 28.2) e o querubim, o seu trono (1Sm 4.4).

A aparência exata do querubim é matéria de alguma incerteza, embora no antigo testamento, essas criaturas fossem geralmente representadas por criaturas aladas que possuíam pés e mãos. Alguns painéis de marfim desenterrados em Samaria retratam uma figura composta de: face humana e corpo de animal com quatro braços e duas asas notáveis e bem trabalhadas.


Entalhes similares de esfinges aladas adornavam os braços de tronos reais em muitas partes do antigo Oriente Médio. No antigo testamento os querubins eram os criados simbólicos que guardavam o “trono” do reino terrestre do Senhor




Dentro da arca foram colocadas as tábuas de pedra da aliança (Ex 25.21), um jarro com o maná (16.33) e a vara de Arão (Nm 17.10). As tábuas da lei lembravam ao povo de que Deus faria cumprir os termos da aliança que firmara com eles. No dia da expiação anual, o sangue dos animais sacrificados, era aspergido (molhado com pequenas gotas) sobre a tampa da arca que cobriam as tábuas que definiam os termos que o povo havia transgredido.

Era da tampa da arca (o trono simbólico de Deus) que o Senhor passava orientações a Moisés. A presença da arca, mais tarde, no templo de Jerusalém, designava Jerusalém como a cidade real e terrena de Deus (Sl 9.11).


Que fim levou a arca?




No décimo oitavo ano do seu reino, Josias, o rei de Judá, ordenou que aqueles que zelavam pela Arca da Aliança a retornassem ao templo em Jerusalém (2 Crônicas 35:1-6; veja também 2 Reis 23:21-23). Essa é a última vez que a Arca da Aliança é mencionada nas Escrituras. Quarenta anos depois, o Rei Nabucodonosor da Babilônia capturou Jerusalém e assaltou o templo. Menos de quarenta anos depois disso, ele retornou, levou o que ainda sobrava no templo e então o queimou, juntamente com a cidade, por completo. Sendo assim, o que aconteceu com a Arca? Foi pega por Nabucodonosor? Foi destruída com a cidade? Ou foi removida e seguramente escondida, assim como evidentemente foi o caso do Faraó Sisaque no Egito, o qual assaltou o templo durante o reino do filho de Salomão, o Rei Roboão? (Digo “evidentemente” porque, se a Arca tivesse sido levada por Sisaque, por que Josias teria pedido que os Levitas a devolvesse? Se a Arca estivesse no Egito).

No fim das contas, apenas Deus realmente sabe onde a Arca está. Talvez nunca saberemos do paradeiro da arca até que Cristo retorne.

Bibliografia e links:

- Bíblia de estudo para chave hebraico-grego
- Bíblia de estudo arqueológica NVI
-gotquestions.org

terça-feira, 23 de maio de 2017

O tabernáculo

Disse o Senhor a Moisés:
“Arme o tabernáculo, a Tenda do Encontro, no primeiro dia do primeiro mês. Coloque nele a arca da aliança e proteja-a com o véu.
Êxodo 40:1‭-‬3 NVI


O tabernáculo, santuário portátil que foi o centro do culto israelita até a construção do templo de Salomão, é conhecido por vários termos na escritura. Cada um dos seus nomes, lança luz sobre um aspecto de sua função:



✔ Ele era comumente conhecido como “santuário” (algumas traduções trazem “habitação”) por que Deus havia escolhido viver ali entre seu povo (Êx 25.8).


✔ Deus mantinha audiências com seu povo, na “tenda do encontro” para aceitar os sacrifícios e perdoar os pecados deles (28.43).


✔ Como “tabernáculo da aliança” ou “tabernáculo do testemunho” ele abrigava as tábuas da aliança firmadas entre Deus e o seu povo (38.21).


O layout e a construção do tabernáculo assemelham-se aos antigos pavilhões e acampamentos militares portáteis do egípcios. No monte Sinai, Deus entregou a Moisés o projeto arquitetônico para seu santuário móvel (25.9), e artesãos capacitados pelo Espírito Santo executaram a obra na forma precisa em que fora especificada (Hb 8.5).



Uma cerca retangular feita de cortinas de linho branco formava o pátio exterior, no qual os sacerdotes ofereciam sacrifícios sobre um altar de madeira de acácia forrado de bronze, que tinha quatro pontas. Todos os utensílios que o acompanhavam eram feitos de bronze, como também a bacia — uma tigela sobre uma base na qual os sacerdotes lavavam as mãos e os pés.


A montagem da tenda iniciava pela armação de madeira em treliça, que lhe permitia ser facilmente montada e desmontada, sobre a qual era estendida uma coberta de várias camadas feitas de tecido finamente trabalhados em azul púrpura e escarlate, bordados com representações de querubins. Uma camada feitas de pêlos de cabrito cobertas por uma dupla camada de couro curtido formava a coberta protetora. A estrutura completa tinha 15 metros de comprimento por 5 metros de largura e 5 de altura.

Dentro da tenda, havia duas áreas separadas por um véu: o lugar santo e o lugar santíssimo. Artigos de mobília embelezavam o interior do lugar santo, todos contendo argolas através das quais se passavam uma vara para o transporte. E também para eliminação da possibilidade de profanação dos móveis sagrados pelo toque humano.


Uma mesa revestida de ouro estava posta com 12 pedaços de pão, para que os sacerdotes os comessem, uma vez por semana, desfrutando a comunhão com Deus e a hospitalidade do Senhor na qualidade de representantes de Israel (Lv 24.8,9). Do lado oposto da mesa, estava o candelabro de ouro, cuja base se ramificava em sete tubos que apoiavam sete lâmpadas em forma de flores de amêndoas. As pétalas, as flores e os cálices ornamentavam cada um dos tubos. O desenho arbóreo e os adornos florais do candelabro, que era mantido aceso permanentemente, lembravam a sarça ardente, na qual Deus se manifestou a Moisés. Marcando o limite da manifestação sacerdotal no local do véu, havia o altar do incenso revestido de ouro, no qual era queimado um sacrifício perpétuo de incenso aromático.


Separado do lugar santo e oculto por um véu no qual estava bordado um querubim, ficava o lugar santíssimo. O santuário interior que abrigava a arca da aliança. Esse querubim simbolizava o jardim do Éden, no qual essas criaturas Angélicas foram postas, no caminho que levava a árvore da vida (Gn 3.24).

Depois que os artesãos completaram o trabalho do tabernáculo, a glória de Deus, que estava no topo do monte Sinai, desceu para preencher o santuário e conduzir Israel até a terra prometida. O tabernáculo era um Sinai portátil no qual Deus continuaria a habitar entre o seu povo.


Bibliografia: Bíblia de estudos arqueológica NVI

quinta-feira, 18 de maio de 2017

Eu quero voltar a queimar (altar e sacrifícios)

Levítico: 6. 12. O fogo sobre o altar se conservará aceso; não se apagará. O sacerdote acenderá lenha nele todos os dias pela manhã, e sobre ele porá em ordem o holocausto, e queimará a gordura das ofertas pacíficas. 13. O fogo se conservará continuamente aceso sobre o altar; não se apagará.



Esses dias eu estava ouvindo uma das minhas bandas preferidas (ministério Zoe) e a letra da música “quero voltar a queimar” me chamou a atenção, a letra é assim:


"Que o fogo nunca se apague do altar"
Foi a ordem que você me deu
Eu pensava estar atento, mas
O fogo apagou
Mas a glória se foi

Eu quero voltar a queimar outra vez
Eu quero me apaixonar novamente
Preciso queimar,
Preciso subir como incenso e aroma suave

Vem e sopra
Sobre as cinzas
Ainda existe brasa acesa

Faz o fogo tomar conta de mim
Ah, eu coloco os meus sonhos
Sim, eu coloco os meus planos
Como lenha pra queimar

Eu te dou a minha vida


E me levou a pensar: — o que a banda quis dizer com “que o fogo nunca se apague no altar”?




Nota cultural



No antigo testamento, altar era o nome dado à uma superfície plana, onde se queimavam sacrifícios a Deus, em forma de agradecimento ou de purificação dos pecados.


A lei mosaica prescrevia cinco categorias de sacrifícios e de outras ofertas:


✔ As ofertas queimadas tinham a finalidade de fazer a expiação e enfatizam a total devoção ao Senhor.


✔ As ofertas de grãos expressavam uma petição individual para que Deus, concedesse as bênçãos da aliança e também representavam a dedicação de Deus dos frutos do trabalho do homem e da mulher.


✔ As ofertas de comunhão (às vezes chamadas “ofertas pacíficas”) eram acompanhadas de expressões de gratidão e oferecidas em cumprimento de votos. No âmbito da refeição comunal, tal oferta enfatizava a comunhão da aliança.


✔ As ofertas pelo pecado ou ofertas de purificação faziam a expiação dos pecados involuntários, como os cometidos por negligência e também pela impureza ritual.


✔ As ofertas pela culpa ou ofertas de reparação faziam a expiação pelos pecados não intencionais cometidos contra “as coisas santas” e os mandamentos de Deus. Nessas ofertas obrigatórias, estava implícito o aspecto da restituição.


Em levíticos 6 fala que o fogo ardia continuamente e não se apagava, o fogo nada mais era do que, a presença do próprio Deus que havia se manifestado em forma de fogo, para lembrar aos israelitas que o Senhor estava com eles, assim como já havia feito com Moisés e a sarça ardente que não era consumida pelo fogo (Ex 3.4).



Séc XXI



Trazendo para os dias atuais não temos mais essa prática de oferecer sacrifícios a Deus, pois o sacrifício maior de todos foi o de Cristo e com sua morte/ressurreição na cruz para que pudessemos hoje ter vida plena com  Deus. A bíblia fala que o nosso corpo é templo do Espírito Santo (1 Co 6.19). Não podemos deixar que o fogo do espírito apague de nossas vidas, é claro que terão horas que esse fogo irá se apagar e ou diminuir, afinal é difícil lutar contra esse mundo e os seus problemas que sempre tenta nos atingir, todavia temos que ter fé e pedir para Deus soprar sobre as cinzas, pois enquanto estivermos vivos ainda terão brasas acesas e o nosso arrependimento e nossa adoração simbolizam isso, sempre quando adoramos a Deus o fogo do espírito vem sobre nós, temos que continuar colocando lenha no nosso altar (orando e desenvolvendo intimidade com Deus) para queimar em sua presença. Entregue seus planos, seus sonhos e sua vida a Deus e o fogo nunca se apagará do seu altar.


Portanto, irmãos, rogo pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês.
Romanos 12:1 NVI

segunda-feira, 15 de maio de 2017

Ungido do Senhor (obediência a Deus)

A palavra hebraica usada para  “ungido” no versículo 6 de 1 Samuel 24 é a (mäsîah) pessoa consagrada (como um rei, sacerdote ou santo); a palavra se refere a um indivíduo que foi ungido por mandamento divino (2 Sm 1.14,16). Contudo, normalmente o termo é reservado para assinalar a realeza, principalmente os reis do antigo Israel. Além disso o conceito de mäsîah, que significa Messias, como um salvador, não é plenamente desenvolvido no velho testamento. Este conceito é desenvolvido mais tarde, durante o período do novo testamento e se encaixa melhor com a palavra grega “Christos”.



Saul voltou da luta contra os filisteus e disseram-lhe que Davi estava no deserto de En-Gedi. Então Saul tomou três mil de seus melhores soldados de todo o Israel e partiu à procura de Davi e seus homens, perto dos rochedos dos Bodes Selvagens.  Ele foi aos currais de ovelhas que ficavam junto ao caminho; havia ali uma caverna, e Saul entrou nela para fazer suas necessidades. Davi e seus soldados estavam bem no fundo da caverna. Eles disseram: “Este é o dia sobre o qual o Senhor falou a você: ‘Entregarei nas suas mãos o seu inimigo para que você faça com ele o que quiser’.” Então Davi foi com muito cuidado e cortou uma ponta do manto de Saul, sem que este percebesse.  Mas Davi sentiu bater-lhe o coração de remorso por ter cortado uma ponta do manto de Saul e então disse a seus soldados: “Que o Senhor me livre de fazer tal coisa a meu senhor, de erguer a mão contra ele, pois é o ungido do Senhor ”. Com essas palavras Davi repreendeu os soldados e não permitiu que atacassem Saul. E este saiu da caverna e seguiu seu caminho.  Então Davi saiu da caverna e gritou para Saul: “Ó rei, meu senhor!” Quando Saul olhou para trás, Davi inclinou-se com o rosto em terra e depois disse: “Por que o rei dá atenção aos que dizem que eu pretendo fazer-te mal? Hoje o rei pode ver com teus próprios olhos como o Senhor te entregou em minhas mãos na caverna. Alguns insistiram que eu te matasse, mas eu te poupei, pois disse: Não erguerei a mão contra meu senhor, pois ele é o ungido do Senhor.

1 Samuel 24:1‭-‬10



Eu já havia falado aqui que fim levou a vida de Saul como rei, a soberba em seu coração o havia deixado surdo e este não mais ouvia os conselhos do Senhor. Mas ainda tinha aqueles que ouviam a Deus, os que temiam verdadeiramente e respeitavam suas ordenanças. Davi era um exemplo, ele respeitava a palavra de Deus e andava em seus caminhos e está história em 1 Sm 24 nos diz um pouco sobre o temor de Davi para com as ordenanças de Deus.

O rei Saul odiava Davi, por mais que Davi se esforçasse para agradá-lo, mesmo Davi sendo seu genro, tendo uma posição elevada em seu exército e fazendo tudo o que o rei lhe ordenava, o rei ainda o odiava e tinha inveja de Davi. Talvez Saul tivesse inveja de Davi por saber que poderia ser ele ali obedecendo a Deus e seguindo suas orientações, mas por atitudes inconsequentes ele se afastou de Deus.

Davi teve a oportunidade de matar Saul e não o fez, por temor e obediência ao Senhor, Davi sabia que o Senhor havia ungido Saul a rei e o próprio Senhor solucionaria esse problema de tirar Saul do poder, não cabia a ele fazer justiça com as próprias mãos, ele não ouviu o conselho dos soldados e ele não fez o que Saul (se tivesse tido oportunidade) faria, pelo contrário ele teve temor a Deus.


Tendo Davi falado todas essas palavras, Saul perguntou: “É você, meu filho Davi?” E chorou em alta voz. “Você é mais justo do que eu”, disse a Davi. “Você me tratou bem, mas eu o tratei mal.
1 Samuel 24:16‭-‬17




Podemos ver nesses versículos que quando obedecemos a Deus e andamos em seus caminhos, até nossos inimigos se surpreendem com nossas atitudes. Talvez Saul tenha pensado:

— Se fosse eu, tinha matado ele na primeira oportunidade.

E creio que foi o que a maioria das pessoas presentes lá naquele momento devem ter pensado, Saul queria muito matar a Davi e não perderia nenhuma oportunidade que tivesse, só isso já era motivo para Davi ter raiva de Saul e querer mata-lo primeiro ou quem sabe mata-lo por precaução, por estar correndo perigo de morte ou porque havia sido ungido também e Saul fosse uma pedra na sua vida, isso já era motivo suficiente para Davi querer mata-lo, porém, a atitude de Davi de esperar a justiça de Deus quebrou qualquer um ali naquele instante, principalmente Saul que chorou, Davi fez alguém que o odiava chorar com sua atitude, ele não ouviu seus soldados, ele não ouviu ao homem, mas ele ouviu o mandamento de Deus.



Quando um homem encontra um inimigo e o deixa ir sem fazer-lhe mal? O Senhor o recompense com o bem, pelo modo com que você me tratou hoje. Agora tenho certeza de que você será rei e de que o reino de Israel será firmado em suas mãos.
1 Samuel 24:19‭-‬20


E por fim o reconhecimento, o comportamento nobre, respeitoso e humildade de Davi fez Saul reconhecer que Deus estava com Davi, porque andar com Deus é assim, (como eu disse na palavra sobre signos) é moldar o caráter e se tornar uma pessoa melhor, não é mais “olho por olho e dente por dente" é receber um ‘tapa na face e dar o outro lado” é mostrar que com Deus à claramente uma evolução para nossas vidas e que a vingança não pertence a nós mas sim a justiça divina de Deus. Devemos esperar e obedecer aquele que conhece o nosso ontem, nosso hoje e nosso amanhã.


Deus “retribuirá a cada um conforme o seu procedimento”.  Ele dará vida eterna aos que, persistindo em fazer o bem, buscam glória, honra e imortalidade. Mas haverá ira e indignação para os que são egoístas, que rejeitam a verdade e seguem a injustiça.
Romanos 2:6‭-‬8 NVI

quarta-feira, 3 de maio de 2017

Pacto com o diabo?

Vocês pertencem ao pai de vocês, o Diabo, e querem realizar o desejo dele. Ele foi homicida desde o princípio e não se apegou à verdade, pois não há verdade nele. Quando mente, fala a sua própria língua, pois é mentiroso e pai da mentira. No entanto, vocês não creem em mim, porque digo a verdade! Qual de vocês pode me acusar de algum pecado? Se estou falando a verdade, porque vocês não creem em mim? Aquele que pertence a Deus ouve o que Deus diz. Vocês não o ouvem porque não pertencem a Deus”.
João 8:44‭-‬47 NVI




No imaginário popular é recorrente a ideia de que é possível ao homem vender a sua alma ao diabo e tal pensamento também está tomando corpo nas igrejas evangélicas.

Sempre quando falam em vender a alma ao diabo eu lembro de uma apresentadora de programa infantil que fez muito sucesso na década de 90, na qual as pessoas falavam que ela tinha feito tal pacto. Quando eu era pequeno (tinha 7 ou 8 anos) ouvia muito as pessoas falarem sobre isso, minha mãe ficava ouvindo pregações (na época eram em fitas) onde pastores afirmavam isso, eu tinha medo mas não havia outra saída a não ser ouvir com ela kkk :)

Acerca do diabo sabemos que ele é homicida desde o princípio. Que nunca se firmou na verdade por não haver Deus nele. Quando ele profere mentiras, é algo próprio da sua natureza. É mentiroso e pai da mentira. Ora, o que Cristo demonstrou acerca do diabo é suficiente para que o cristão conheça as armas do inimigo, ou seja, a bíblia basta.


Afinal de contas, é possível fazer um pacto com o diabo e vender sua alma?



A bíblia mostra que todos os homens pecaram e que todos estão destituídos da glória de Deus (Romanos 3:23).  Ela demonstra que toda humanidade foi vendida como escrava ao pecado por Adão (I Coríntios 15:21).

A humanidade está sob o jugo do pecado porque Adão e Eva conscientemente ignoraram a informação concedida por Deus e resolveram comer do fruto proibido tendo em vista um prêmio (Gênesis 3:6) sem importar-se com as consequências (Gênesis 2:17).
A bíblia também demonstra que o diabo não possui propriedades. O inferno e o lago de fogo foram preparados para ele e os seus anjos (e todas as pessoas que não aceitarem a Cristo), porém, ele não gerencia e nem administra o inferno. Antes, ele é réu do fogo do inferno "Então dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos" (Mateus 25:41).
É muito comum vermos essa associação feitas em filmes, séries e desenhos; de que o diabo é dono e proprietário do Hades e do inferno, por isso crescemos com tal alusão.
Mas olha o que diz nessas passagens:

Certo dia os anjos vieram apresentar-se ao Senhor , e Satanás também veio com eles. O Senhor disse a Satanás: “De onde você veio?” Satanás respondeu ao Senhor : “De perambular pela terra e andar por ela”.
Jó 1:6‭-‬7 NVI


Marcos: 5. 6. Vendo, pois, de longe a Jesus, correu e adorou-o; 7. e, clamando com grande voz, disse: Que tenho eu contigo, Jesus, Filho do Deus Altíssimo? Conjuro-te por Deus que não me atormentes. 8. Pois Jesus lhe dissera: Sai desse homem, espírito imundo. 9. E perguntou-lhe: Qual é o teu nome? Respondeu-lhe ele: Legião é o meu nome, porque somos muitos. 10. E rogava-lhe muito que não os enviasse para fora do país. 


Ou seja satanás não tem lar fixo ou propriedade alguma, mas anda vagando a terra procurando a quem possa enganar.A bíblia não atribui ao diabo à posição de senhor. Ele não exerce senhorio sobre os homens e nem sobre os anjos caídos. Todas as criaturas sem Deus estão sujeitas ao pecado por causa da natureza destituída de Deus, e não ao diabo.


Certamente existem aqueles que sofrem sob o controle direto de Satanás, como o jovem médium de Filipos (Atos 16:16-19). E há aqueles que se dedicaram à obra do diabo, como os feiticeiros Simão (Atos 8:9-11) e Elimas (Atos 13:8). No entanto, em cada um destes três exemplos, o poder de Deus prevalece sobre a escravidão de Satanás. Na verdade, Simão tem a chance de se arrepender (Atos 8:22). Obviamente, não havia uma "venda" irrevogável da alma de Simão.



Conclusão


Em nenhum momento a bíblia fala sobre a possibilidade do ser humano vender sua alma ao diabo, podemos até fazer um "acordo de servi-lo, mas a partir do momento que  Cristo resgata o homem das garras do pecado, esse e qualquer contrato com o diabo é quebrado, isso é apenas um chamariz satânico para servi-lo com falsas riquezas e alegrias - ao admitir a possibilidade de alguém vender-se ao diabo, teríamos de admitir também que tal pessoa estaria irremediavelmente perdida. Caso alguém tenha `vendido a sua alma' ao diabo e ouça acerca de Cristo e queira aceitá-lo, o contrato com o diabo impedirá a salvação, caso ele se arrependa? Claro que não, visto que o homem sem Cristo pertence ao pecado, e não ao diabo; sem Cristo, estamos todos sob a condenação de morte (Romanos 3:23). Antes de sermos salvos, somos todos escravos do diabo, como 1 João 5:19 diz: "o mundo inteiro jaz no Maligno." Graças a Deus, temos um novo Mestre, Aquele que pode quebrar as cadeias de qualquer pecado e nos libertar (1 Coríntios 6:9-11, Marcos 5:1-15).

Romanos: 3. 23. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; 24. sendo justificados gratuitamente pela sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus, 





Fontes:

Gotquestions.org

Cláudio crispim

Espelho do Rei

Não extingais o Espírito I TS 5.19

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